A boate Cacique era conhecida na cidade de Candeiro. Belas moças frequentavam o local e as cinquenta primeiras eram "off-off", sem contar que na sextas-feira era "open bar". Jovens de todos os tipos emaranhavam-se na fila para comprar a entrada.
Werley, mais conhecido como "Lelé do golo", aprontava-se para mais uma sexta-feira de pegação. Não ligava para os quarenta reais de entrada, afinal, a Cacique era o "point" da mulherada. Vestiu uma camisa preta com detalhes cintilantes, cuja gola era branca, para brilhar sobre a luz negra. Encaixou-se em uma calça jeans da moda e combinou o traje com um tênis 28 molas. Pra fechar, encoleirou-se com um colar de prata que ainda cheirava a Kaol.
A noite prometia, era a festa do sinal. Depois de tudo pronto, correu pra geladeira e abriu uma cerveja em lata. Chamou o Juninho, o Batata, o Léo e o Cabeção, entraram no carro e partiram para o centro da cidade. Na esquina da boate, rolava o "esquenta". O léo já foi logo sacando da sua bolsa um Red Label. Ali mesmo já dava pra flertar algumas garotas que empilhavam-se na conveniência do posto.
Lelé era o cara, conhecia todas as meninas, já chegava cumprimentando a todas com beijos demorados na bochecha.
Quando o relógio apontou 00:00, decidiram entrar na boate, a garrafa de Red Label já tinha sido esvaziada há meia hora. O Cabeção já estava meio bêbado e resolveu brigar com o segurança da porta, cismou que o cara era o Batman.
Lá dentro o clima era incrível, milhares de pessoas recheavam aquela imensa boate. Garotas com mini-saias rodadas e decotes ousados desfilavam em passos envolventes para todos os lados. O Léo ameaçou uma investida, mas a menina de blusa rosa choque, nem deu idéia pra ele. A vodka estava uma delicia! Lelé já consumia seu quinto copo sem esmorecer. - Esse é bom ! O Batata dizia.
Enquanto o Cabeção dormia encostado no extintor de incêndio, perto dos banheiros, Lelé resolveu conversar com a menina de vestido amarelo. Ela era linda, seus cabelos pretos entravam em contraste com o amarelo fosforecente de seu vestido, tinha as maçãs do rosto levemente avermelhadas e possuia um sorriso encantador. Mas para Lelé, era fácil. Foram 7 minutos de conversa e ele já mordiscava os lábios da garota.
Além dela, Lelé ainda pegou mais três, só não pegou a quarta porque derrubou Absolut na menina.
5 horas da manhã, era hora de acordar o Cabeção, e ainda procurar o Juninho que sumiu com uma mocinha lá pra perto do palco. Mas só o Juninho estava lá, babando em cima do próprio braço. Com muito custo, Lelé e o Léo enfiaram os caras no carro, já estava amanhecendo. O batata vomitou no colo do Juninho que ainda babava no seu próprio braço.
20 minutos era o tempo que demorava pra chegar em casa, mas Lelé estava com muito sono e tropeçava nas palavras pra falar: Eu... toooooo bem. Relaxiss! Com todos dormindo no carro, o Lelé resolveu colocar uma música pra acordar, mas foi o tempo dele abaixar pra apertar o "Skip", que a roda dianteira pegou no canteiro central e jogou o carro pra cima, fazendo o carro capotar duas vezes e ainda deslizar e bater a lateral no poste central.
Apenas o Cabeção sobreviveu ao acidente, mas morreu a caminho do hospital. O problema maior é que o carro acertou uma empregada doméstica que estava no ponto de ônibus, a coitada acabara de sair de casa pra trabalhar em uma casa de família.
Lelé morreu na hora, apenas o seu colar de prata ficou intacto. Mas pelo menos ele morreu fazendo o que gostava:
Gostava de se embebedar todo dia, e ser considerado o rei da região por ser o mais bebedor de todos, por ter pegado a menina de amarelo que não lembrou dele quando viu a foto no noticiário do dia seguinte. Lelé morreu fazendo o que gostava, colocando em risco a vida de pessoas inocentes, dirigindo alcoolizado pela rua, chegando em casa e dormindo com a roupa da festa. Morreu fazendo o que gostava, acordando no outro dia sem se lembrar da menina de amarelo, das doses de whisky e muito menos do acidente. Morreu sabendo que deixara para trás uma família feliz, um pai que dava sua vida pelos seus filhos, e uma mãe que sempre reunia a família nos almoços de domingo.
Pelo menos dizem que o carro dele não deu "perca total" !
Werley, mais conhecido como "Lelé do golo", aprontava-se para mais uma sexta-feira de pegação. Não ligava para os quarenta reais de entrada, afinal, a Cacique era o "point" da mulherada. Vestiu uma camisa preta com detalhes cintilantes, cuja gola era branca, para brilhar sobre a luz negra. Encaixou-se em uma calça jeans da moda e combinou o traje com um tênis 28 molas. Pra fechar, encoleirou-se com um colar de prata que ainda cheirava a Kaol.
A noite prometia, era a festa do sinal. Depois de tudo pronto, correu pra geladeira e abriu uma cerveja em lata. Chamou o Juninho, o Batata, o Léo e o Cabeção, entraram no carro e partiram para o centro da cidade. Na esquina da boate, rolava o "esquenta". O léo já foi logo sacando da sua bolsa um Red Label. Ali mesmo já dava pra flertar algumas garotas que empilhavam-se na conveniência do posto.
Lelé era o cara, conhecia todas as meninas, já chegava cumprimentando a todas com beijos demorados na bochecha.
Quando o relógio apontou 00:00, decidiram entrar na boate, a garrafa de Red Label já tinha sido esvaziada há meia hora. O Cabeção já estava meio bêbado e resolveu brigar com o segurança da porta, cismou que o cara era o Batman.
Lá dentro o clima era incrível, milhares de pessoas recheavam aquela imensa boate. Garotas com mini-saias rodadas e decotes ousados desfilavam em passos envolventes para todos os lados. O Léo ameaçou uma investida, mas a menina de blusa rosa choque, nem deu idéia pra ele. A vodka estava uma delicia! Lelé já consumia seu quinto copo sem esmorecer. - Esse é bom ! O Batata dizia.
Enquanto o Cabeção dormia encostado no extintor de incêndio, perto dos banheiros, Lelé resolveu conversar com a menina de vestido amarelo. Ela era linda, seus cabelos pretos entravam em contraste com o amarelo fosforecente de seu vestido, tinha as maçãs do rosto levemente avermelhadas e possuia um sorriso encantador. Mas para Lelé, era fácil. Foram 7 minutos de conversa e ele já mordiscava os lábios da garota.
Além dela, Lelé ainda pegou mais três, só não pegou a quarta porque derrubou Absolut na menina.
5 horas da manhã, era hora de acordar o Cabeção, e ainda procurar o Juninho que sumiu com uma mocinha lá pra perto do palco. Mas só o Juninho estava lá, babando em cima do próprio braço. Com muito custo, Lelé e o Léo enfiaram os caras no carro, já estava amanhecendo. O batata vomitou no colo do Juninho que ainda babava no seu próprio braço.
20 minutos era o tempo que demorava pra chegar em casa, mas Lelé estava com muito sono e tropeçava nas palavras pra falar: Eu... toooooo bem. Relaxiss! Com todos dormindo no carro, o Lelé resolveu colocar uma música pra acordar, mas foi o tempo dele abaixar pra apertar o "Skip", que a roda dianteira pegou no canteiro central e jogou o carro pra cima, fazendo o carro capotar duas vezes e ainda deslizar e bater a lateral no poste central.
Apenas o Cabeção sobreviveu ao acidente, mas morreu a caminho do hospital. O problema maior é que o carro acertou uma empregada doméstica que estava no ponto de ônibus, a coitada acabara de sair de casa pra trabalhar em uma casa de família.
Lelé morreu na hora, apenas o seu colar de prata ficou intacto. Mas pelo menos ele morreu fazendo o que gostava:
Gostava de se embebedar todo dia, e ser considerado o rei da região por ser o mais bebedor de todos, por ter pegado a menina de amarelo que não lembrou dele quando viu a foto no noticiário do dia seguinte. Lelé morreu fazendo o que gostava, colocando em risco a vida de pessoas inocentes, dirigindo alcoolizado pela rua, chegando em casa e dormindo com a roupa da festa. Morreu fazendo o que gostava, acordando no outro dia sem se lembrar da menina de amarelo, das doses de whisky e muito menos do acidente. Morreu sabendo que deixara para trás uma família feliz, um pai que dava sua vida pelos seus filhos, e uma mãe que sempre reunia a família nos almoços de domingo.
Pelo menos dizem que o carro dele não deu "perca total" !
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