Juninho era um menino doente. Não conversava com ninguém, não suportava a cor vermelha e odiava que alguém o tocasse. Juninho tinha o mesmo nome do pai, Claudiomar.
Claudiomar, nascido em Inhanhém, pequenina cidade da Bahia, trabalhava na feira de Quintino. Vendia estrume e ração. Nos finais de semana cobrava 25 reais para capinar quintais e ainda cuidava da sua pequena horta, nos fundos de casa.
A casa não tinha reboco, entre furos de tijolos e madeiras segurando os beirais da porta, trafegavam barbeiros e escorpiões. O cheiro do carpete da sala, exalava um odor forte, a cozinha era manchada por infiltrações e o telhado de zinco não aguentara a última tempestade.
Juninho vivia dentro de uma caixa de geladeira, aliás era o único eletrodoméstico novo na casa, mas que servia de armário, pois a energia havia sido cortada há meses.
Marina, esposa de Claudiomar e mãe de Juninho, não trabalhava. Passava o dia inteiro cuidando do pobre menino. A hora do banho era a mais difícil, pois colocá-lo debaixo da água fria sem poder tocá-lo era uma missão árdua.
Certo dia de verão, aconteceu um assalto na feira da cidade. A Barraca de produtos importados, foi literalmente extinta. Do outro lado da avenida, guardas municipais e policiais militares atropelavam carrinhos de compras, correndo atrás dos bandidos. Claudiomar trabalhava tranquilo, já conseguira seu terceiro cliente na manhã. Enquanto contava as moedas para dar de troco a um velho fazendeiro, um assaltante tropeçou na barraca de hortaliças e caiu em cima do fazendeiro. De repente, um disparo! O silêncio tomou conta da feira, até as galinhas e os patos do Jorginho cessaram os bicos.
Claudiomar levou a mão ao peito. Por entre as dobras da mão, o sangue foi brotando, o projétil acertou-lhe em cheio. Fatal!
Sim, Marina sofreu muito! Pelo menos o Juninho não se importou, afinal ele gostava apenas do seu amigo imaginário, Jonas.
O corpo de Claudiomar sumiu após o resgate recolhê-lo. Nenhuma notícia apareceu no jornal, afinal era época de eleição e as propostas cobriam todas as páginas. Marina, desamparada, deixou Juninho na porta da casa de uma bairro rico da cidade. Depois disso, desapareceu!
Dizem que o Juninho foi atropelado, depois de correr de uma mulher que vestia um vestido vermelho.
E o Jonas? Esse viveu, e é candidato a deputado aqui em Quintino.
Claudiomar, nascido em Inhanhém, pequenina cidade da Bahia, trabalhava na feira de Quintino. Vendia estrume e ração. Nos finais de semana cobrava 25 reais para capinar quintais e ainda cuidava da sua pequena horta, nos fundos de casa.
A casa não tinha reboco, entre furos de tijolos e madeiras segurando os beirais da porta, trafegavam barbeiros e escorpiões. O cheiro do carpete da sala, exalava um odor forte, a cozinha era manchada por infiltrações e o telhado de zinco não aguentara a última tempestade.
Juninho vivia dentro de uma caixa de geladeira, aliás era o único eletrodoméstico novo na casa, mas que servia de armário, pois a energia havia sido cortada há meses.
Marina, esposa de Claudiomar e mãe de Juninho, não trabalhava. Passava o dia inteiro cuidando do pobre menino. A hora do banho era a mais difícil, pois colocá-lo debaixo da água fria sem poder tocá-lo era uma missão árdua.
Certo dia de verão, aconteceu um assalto na feira da cidade. A Barraca de produtos importados, foi literalmente extinta. Do outro lado da avenida, guardas municipais e policiais militares atropelavam carrinhos de compras, correndo atrás dos bandidos. Claudiomar trabalhava tranquilo, já conseguira seu terceiro cliente na manhã. Enquanto contava as moedas para dar de troco a um velho fazendeiro, um assaltante tropeçou na barraca de hortaliças e caiu em cima do fazendeiro. De repente, um disparo! O silêncio tomou conta da feira, até as galinhas e os patos do Jorginho cessaram os bicos.
Claudiomar levou a mão ao peito. Por entre as dobras da mão, o sangue foi brotando, o projétil acertou-lhe em cheio. Fatal!
Sim, Marina sofreu muito! Pelo menos o Juninho não se importou, afinal ele gostava apenas do seu amigo imaginário, Jonas.
O corpo de Claudiomar sumiu após o resgate recolhê-lo. Nenhuma notícia apareceu no jornal, afinal era época de eleição e as propostas cobriam todas as páginas. Marina, desamparada, deixou Juninho na porta da casa de uma bairro rico da cidade. Depois disso, desapareceu!
Dizem que o Juninho foi atropelado, depois de correr de uma mulher que vestia um vestido vermelho.
E o Jonas? Esse viveu, e é candidato a deputado aqui em Quintino.
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